Pontão Pátria Grande de Integração Latino-Americana e Territórios de Fronteira


05 de Maio de 2025 – A luta continua: a integração é o caminho!

05 de Maio de 2025 – A luta continua: a integração é o caminho!

(Em memória a Karl Marx e em defesa da América Latina anticapitalista e emancipada)

“A história da sociedade até aos nossos dias é a história da luta de classes”. Manifesto Comunista.

“Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo”. Teses sobre Feuerbach.

“Trabalhadores de todo mundo, uni-vos”. Manifesto Comunista.

 

Neste 5 de maio, data em que celebramos o aniversário de nascimento de Karl Marx, relembramos o filósofo, economista, teórico político, jornalista, historiador e revolucionário alemão que propôs uma nova direção para não apenas a compreensão, interpretação do mundo, mas, sobretudo, para transformá-lo, revolucioná-lo. Nesse sentido, podemos afirmar que a segunda frase da epígrafe é uma das que movem o trabalho do Pontão de Cultura Pátria Grande, que reafirma seu compromisso de luta contra o sistema capitalista.

Por outro lado, sobre a primeira frase da epígrafe, por mais que a ideologia capitalista tente apagar o sentido histórico da luta de classes ou a ressignificando como uma questão apenas de oportunidade e mérito ou ainda a fragmentando em inumeráveis lutas específicas e desconectadas com as dimensões do trabalho e do sistema de produção e reprodução capitalista, o real, a concretude da vida e a materialidade das relações sociais de opressão e exploração esfregam nos nossos olhos que a luta de classes  como conceito e como ação é mais atual do que nunca.

Completando o trio de frases da epígrafe, repetimos aqui a citação que mais aparece nos textos do Pontão de Cultura Pátria Grande, e não sem motivo. A emancipação  e a integração latino-americana mencionadas no título do texto seguem uma perspectiva e uma tradição internacionalista enunciada no final do Manifesto Comunista e que nos serve de farol.

Em pleno 2025, mais de dois séculos após seu nascimento, os métodos fundamentais e as contradições do capitalismo global apontadas por Marx presentes com a concentração de riquezas em poucas mãos, o avanço predatório sobre territórios indígenas e quilombolas, a massiva exploração e precarização do trabalho, a intensa degradação do meio ambiente, a fome em meio à abundância, a violação dos direitos básicos humanos e o avanço de governos autoritários sustentados por interesses das elites.

Na América Latina, essas contradições se manifestam de forma específica, considerando a violenta história colonial que moldou nossas estruturas políticas, sociais e econômicas. A imposição de modelos neoliberais e ditatoriais, a criminalização dos movimentos sociais, a normatividade patriarcal e o racismo estrutural são características intrínsecas do sistema capitalista que não nos convém. Diante disso, o Pontão de Cultura Pátria Grande retoma, mais uma vez, a necessidade e a urgência para fortalecer uma luta anticapitalista enraizada em nossos próprios contextos, que valorize as articulações locais, os saberes populares, a organização comunitária latino-americana, mas, sobretudo, a perspectiva internacionalista, não como um idealismo, mas como necessidade concreta.

Refletir sobre Marx na América Latina exige, portanto, também repensar os caminhos da nossa integração. Frente ao avanço da comercialização da vida, à privatização dos bens comuns e à precarização do trabalho, a resposta não pode ser fragmentada. Precisamos reconstruir os laços de união entre nós, povos e comunidades latino-americanos, fortalecendo articulações populares, culturais e políticas que promovam uma integração soberana, emancipatória e libertadora.

Neste dia, reafirmamos que a luta continua e que a integração é o caminho. Que o legado de Marx sirva não como um dogma, mas como instrumento de análise crítica e ação que rompa com os pilares que o sistema capitalista apoia-se. Que a memória da resistência dos nossos povos se converta em força para tecer um novo horizonte: anticapitalista, anticolonial, antipatriarcal, antirracista e profundamente humano. Contra o capital, contra o imperialismo, contra o fascismo – pela classe trabalhadora, do campo de da cidade, pela vida, pela terra, pela liberdade dos povos!

Viva Marx!

Texto de: Joan Rocha, agente Cultura Viva do Pontão Pátria Grande.

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