Serão oferecidos 03 cursos e 01 seminário, todos on-line, preferencialmente para  agentes da “Rede Cultura Viva Brasil sem Fronteiras de Integração Latino-americana”, da “Rede Continental Cultura Viva de Integração Latino-americana” e gestores.

Cursos 

Histórico, Princípios e Horizontes da Política e do Movimento Brasileiro e Latino-americano Cultura Viva

A formação pretende realizar uma retrospectiva da Política (PNCV) e do Movimento Nacional Cultura Viva, identificando antecedentes, a cena política nacional e continental na qual o Cultura Viva surge; debruçar-se sobre os princípios iniciais da PNCV e outros que nos têm chegado, sobretudo da nossa relação com outros Movimentos Latino-americanos, de caráter  antipatriarcais, anticoloniais, anticapitalistas e anti antropocêntricos; as estruturas, mecanismos, forma de organização e funcionamento da Política Pública Nacional. Qual o atual estado da arte? Quais as perspectivas do Cultura Viva no Brasil?

Conversatórios Permanentes de Cultura Viva Comunitária

Espaço formativo criado para promover o cruzamento de ideias, percepções e acúmulos conceituais e políticos de ativistas do Movimento Brasileiro e Latino-americano Cultura Viva.  Em parceria com a EAC serão discutidos temas a partir da orientação dos Círculos da Palavra dos Congressos Latino-americanos a saber: Arte e Cultura para a Transformação social; Legislação e Políticas Públicas em Cultura Viva Comunitária; Comunicação popular; Infâncias e Juventudes na Cultura Viva Comunitária; Povos Originários; Gênero e Diversidades; Outras Economias; Educação Popular; Direitos Humanos; Saúde e Bem Viver. 

Territórios de Fronteiras, fluxos culturais e integração latino-americana

Promover o estudo e a reflexão acerca dos fluxos culturais dos territórios de fronteiras a partir da atuação do Movimento brasileiro e do Movimento Latino-americano Cultura Viva. Reconhecer os territórios de fronteiras também como espaços de hibridização cultural, de artes transfronteiriças e de espaço potente de criação que escapa à normatividade das artes e da cultura eurocêntricas. Identificar e discutir as relações entre as divisões/distanciamentos criadas pelas fronteiras  geopolíticas e os encontros/aproximações  que germinam a partir das fronteiras simbólicas. Dialogar sobre os fluxos migratórios e cultura como potência, rechaçando assim perspectivas xenófobas contra, por exemplo, haitianos em Santa Catarina e venezuelanos em Roraima.

Seminário Cultura Viva – Uma política afirmativa, transversal, interseccional e intersetorial desde a Política Pública e o Movimento

O  Seminário trabalhará conceitualmente os conceitos de ação afirmativa, transversalidade, interseccionalidade e intersetorialidade, desenvolvendo a tese de que o Cultura Viva possui todas essas características fundamentais para o fortalecimento da democracia e para servir como vetor necessário para a integração latino-americana.

Serão realizadas cinco mesas temáticas explorando os interstícios das políticas públicas nacionais e intergovernamentais, perspectivas ativistas e acadêmicas, especialmente daqueles e daquelas oriundas dos territórios de fronteira.

Integração Latino-americana

O Pontão de Cultura Pátria Grande compreende o trabalho de Integração Latino-americana como aquele capaz de nos comunicar significados, sentidos, histórias, memórias, práticas e lutas comuns em nossa América Latina e que, portanto, liga-nos uns aos outros numa perspectiva de solidariedade, de amizade, de reconhecimento dos nossos tempos, espaços e processos latino-americanos. Capaz também de evidenciar positivamente nossas peculiaridades, reconhecer ou inventar hibridações de tudo que pensamos, sentimos, fazemos, enfim, de tudo que nos afeta como latino-americanos e latino-americanas. Capaz, por fim, de imaginar horizontes e possíveis diversos destinos comuns, com todas as contradições inerentes aos processos e construção coletiva.

Em seu desenho original, como se diz, no seu "plano de trabalho", o Pontão de Cultura Pátria Grande prevê ações nas áreas de articulação, formação, mapeamento e comunicação, no entanto, o que o Pontão deseja está além do plano de trabalho, não é mensurável e a simples tentativa de medir, uma indecência. Referimo-nos a coisas como o "encontro", sentimentos e ações de camaradagem, compartilhamento de sonhos, preferencialmente, os realizáveis, e conspirações coletivas para um outro mundo mais vivível.

Voltando, no entanto, ao plano de trabalho, que obviamente tem sim seu valor tático e estratégico, o Pontão de Cultura Pátria Grande construirá com companheiros, companheiras, camaradas três instâncias importantes para a troca e amadurecimento de ideias, o envolvimento de organismos-chave para o avanço da integração latino-americana e a produção de ações de incidência política e documentos sobre o tema. São eles: a “Rede Cultura Viva Brasil sem Fronteiras de Integração Latino-americana”, da “Rede Continental Cultura Viva de Integração Latino-americana” e do “Fórum Intersetorial Cultura Viva de Integração Latino-americana e Territórios de Fronteira”. Em todos esses processos, e para a boa consecução destes, destacamos a necessidade de uma articulação suficientemente boa entre o Pontão de Cultura Pátria Grande e os Pontões de Cultura, Comissões estaduais dos Pontos de Cultura e a Comissão Nacional dos Pontos de Cultura.

O Pontão irá se articular ainda em nível latino-americano com dezenas de organizações Cultura Viva em uma estreita cooperação e parceria com a Equipe de Acompanhamento Continental de Cultura Viva Comunitária (EAC) e com o Grupo Impulsor do México, responsável pela organização do VI Congresso Latino-americano CVC.

Com o processo de construção e constituição da “Rede Cultura Viva Brasil sem Fronteiras de Integração Latino-americana”, deve-se alcançar pelo menos 75% das unidades federativas com Pontos de Cultura mobilizados, incluindo todos os estados fronteiriços.